No fim da próxima semana, o técnico da seleção brasileira feminina de vôlei, José Roberto Guimarães, deve definir o grupo que seguirá para o Japão em busca do inédito título do Campeonato Mundial, entre os dias 29 de outubro e 14 de novembro. Das 15 jogadoras que estão no Aryzão, o Centro de Desenvolvimento do Voleibol, em Saquarema (RJ), o treinador terá de cortar uma. Para a ponteira Paula Pequeno, que se recuperou de uma fratura no tornozelo esquerdo e voltou aos treinos na última segunda (04.10), a hora é de acelerar a preparação e se doar ao máximo para garantir um lugar entre as 14.
“Fui liberada na segunda e voltei a treinar devagar, respeitando os meus limites. Mas, aos poucos, fui sentindo que estava bem e aumentei o ritmo. Quando fui ver, já estava saltando. Minha vida é cheia de provações. Tenho certeza de que vou passar por mais esta. Vou aproveitar a reta final de preparação até o Mundial e fazer de tudo para ir ao Japão”, disse a campeã olímpica Paula, que disputou o Mundial de 2006 quatro meses depois de dar a luz a pequena Mel, hoje com quatro anos.
O técnico Zé Roberto elogiou o poder de superação da ponteira e comentou seu retorno aos treinos. “A Paula é muito esforçada. Já superou várias contusões e agora se recuperou de mais esta. Vamos ver como será a próxima semana. A intenção é sair daqui do Brasil com jogadoras em condições ideais para a disputa do Mundial. A Paula voltou bem na parte de chão, mas falta evoluir no salto, no ataque e no bloqueio. Ela é uma jogadora de força, tem experiência internacional, é muito importante para o grupo. Mas precisa estar bem, pelo menos com 80% da sua capacidade”, analisou.
A seleção brasileira embarcará para o Japão no dia 20 de outubro para o período de aclimatação. A estreia da equipe no Mundial será nove dias depois, contra o Quênia, em Hamamatsu. Além das quenianas, o Brasil, que está no grupo B, enfrentará outras quatro seleções na primeira fase da competição: Porto Rico, Itália, Holanda e República Tcheca.
Para Zé Roberto, o time evoluiu em relação ao Grand Prix, em agosto, quando o Brasil conquistou a medalha de prata. “Conseguimos atingir uma eficiente situação de saque. Estamos com uma boa quantidade de jogadoras com o saque preciso. Vimos isso nos amistosos contra os Estados Unidos, quando conseguimos desestabilizar o passe adversário. Nosso bloqueio também melhorou. A defesa evoluiu, mas ainda não é a ideal. Hoje, os contra-ataques são a nossa maior preocupação. Ainda precisamos ser mais efetivos neste ponto”, disse Zé Roberto.
No fim de setembro, no Paraná, a seleção brasileira disputou uma série de quatro amistosos contra os Estados Unidos, atuais campeões do Grand Prix. A equipe verde e amarela venceu todas as partidas.
Desfalque nos treinamentos
A levantadora Dani Lins sofreu uma entorse no tornozelo direito no treino de ontem (06.10) no Aryzão. No entanto, a lesão não preocupa. A jogadora foi submetida a um exame de Raio-X, que não apontou lesão óssea. Dani fez trabalhos de musculação nesta QUINTA-FEIRA (07.10) e deve voltar aos treinamentos na próxima segunda (11.12).
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