No começo da temporada 2009/2010, a Cimed sofreu um baque ao ser eliminado ainda na primeira fase Mundial de clubes organizado pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB). Na ocasião, os brasileiros foram prejudicados pelo teste da Golden Formula, uma bizarra regra que só permitia o primeiro ataque de cada ponto antes pelo fundo de quadra.
Quase seis meses depois, o time catarinense deu a volta por cima e conquistou o quarto título da Superliga masculina de vôlei, igualando o Minas Tênis Clube como maior vencedor e sacramentando uma hegemonia que começou com a criação da equipe, em 2005.
"Vencer é uma rotina que eu não quero sair nunca. O sabor da vitória é o tanto que a gente sofreu na temporada inteira, começando por aquele Mundial lá no Catar. Não nos adaptamos e tivemos uma queda psicológica muito forte, mas o time soube reverter e conquistou mais um título", comentou o central Éder.
Formando ao lado de Lucão uma das duplas de meio-de-redes mais fortes do mundo, o gaúcho se viu praticamente sem função no Mundial. Proibidos de executarem seus rápidos ataques pelo meio, os centrais da Cimed limitaram-se a tentar bloquear as bolas altas atacadas pelos ponteiros adversários.
"Eu e a Cimed tínhamos tantos sonhos, tanta vontade naquele Mundial e perdemos. Foi tão duro chegar e não fizemos nada, não conseguimos jogar no Catar. Foi uma dor. O sabor da derrota é terrível", disse o técnico Marcos Pacheco, que por outro lado ressalta a importância daquela péssima campanha. "Foi a partir dali que o grupo cresceu. Na derrota, também se aprende e ali foi um exemplo", completou.
Meses depois, Lucão ainda classifica a Golden Formula como uma "regra horrível". "Temos ponteiros baixos, que não pegam a bola em uma altura tão grande, mas são habilidosos. E, com a bola longe da rede, a gente teve dificuldade. Mas o grupo entendeu e começamos a Superliga bem, o grupo neutralizou aquilo", afirmou.
Gerente de esportes, Renan Dal Zotto já está pensando no próximo Mundial. "Vamos nos recuperar esse ano. Essa equipe aqui já errou, já acertou, mas jamais baixou a guarda. O maior orgulho que nós temos é que nunca vimos esse time dando menos que o máximo. Esse é o grande diferencial da Cimed", disse.
Para felicidade dos catarinenses, a Golden Formula não foi aprovada pela FIVB e não será adotada no voleibol mundial.
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