Unilever de Fabí enfrenta o Sollys/Nestlé nesta sábado (Foto: Daniel Ramalho/adorofoto) |
Elas conhecem como ninguém a equipe Unilever e o ritmo intenso de treinamento do técnico Bernardinho. As ponteiras Régis e Amanda e a líbero Fabi são as três jogadoras com mais tempo de casa no time carioca, todas com cinco títulos nacionais conquistados pela Unilever, que é heptacampeã da competição. Na final da Superliga 2011/12, neste sábado (14/4), contra o Sollys/Nestlé, o mesmo adversário das últimas sete edições, o trio sabe que o equilíbrio, mais uma vez, deverá prevalecer. O jogo está marcado para às 10 horas, no ginásio do Maracanãzinho, e terá transmissão da TV Globo, do SporTV e do Esporte Interativo.
Nesta quarta-feira (11/4), após o treino da manhã no ginásio do Maracanãzinho, as jogadoras retribuíram o carinho da torcida carioca, numa ação simbólica com alguns torcedores no Parque dos Patins, na Lagoa Rodrigo de Freitas, considerado um dos cartões postais da cidade.
A primeira a chegar ao time foi Régis, em 2004. Depois veio a Amanda. Em 2005, chegou Fabi. Nesses oito anos, além de muitas histórias e títulos, as jogadoras acumularam experiência para saber que, a cada temporada, surgem novos desafios. Régis, que assumiu como titular em 2007/08, destaca a atual edição como uma das mais importantes de sua carreira.
"A temporada foi muito especial para mim. Individualmente acredito que consegui crescer em quase todos os fundamentos. O melhor é que consegui ajudar a equipe em momentos importantes", avalia a jogadora, que mora com Amanda, reserva de sua posição. "Já dividimos o apartamento há sete anos. Existe muito respeito, amizade e confiança. Na equipe, tanto as titulares quanto as reservas treinam da mesma forma e todas estão sempre bem preparadas", acrescenta. Quanto ao adversário de sábado, Régis é enfática. "Isso é briga para cachorro grande. Precisamos fazer o melhor a cada disputa de ponto. Vai vencer quem errar menos na partida".
Jogadora coringa
Amanda, considerada uma jogadora coringa e que é sempre acionada pelo técnico Bernardinho para sacar em momentos importantes do jogo, diz que a atual edição foi uma das mais dramáticas para carimbar o passaporte para a final. "O caminho foi difícil tanto nas quartas de final, contra o Mackenzie, quanto na semi, contra o Vôlei Futuro. Na final, diante do Osasco, a rivalidade é sempre enorme em todos os níveis. Rivalidade entre Rio e São Paulo. Rivalidade entre os próprios patrocinadores. Não há favoritismo neste clássico", afirma Amanda, que substituiu Régis na última partida e acabou ficando com o Troféu Viva Vôlei.
"Temos uma relação muito saudável de amizade. Ela me agradeceu por ter entrado bem num dia em que não estava conseguindo render em quadra. A gente torce muito uma pela outra".
A líbero campeã olímpica Fabi diz que está cada vez mais difícil chegar à final da Superliga devido ao equilíbrio entre as equipes participantes. Segundo ela, tanto a Unilever quanto o Osasco vêm resistindo bravamente ao crescimento dos demais adversários. "A competição foi das mais disputadas. Neste sábado cada time terá a responsabilidade de defender a sua cidade. A sensação que fica é que este clássico vai ganhando cada vez mais detalhes, mais história", comenta.
Sob as bênçãos do Cristo
Unilever encontrou torcedores nesta quarta-feira no Rio (Foto: Rafael Moraes/adorofoto) |
Em ritmo intenso de preparação para a final, as jogadoras viveram um momento diferente no início da tarde desta quarta-feira (11/4), ao se reunirem com alguns torcedores no Parque dos Patins, na Lagoa Rodrigo de Freitas, após o treino no Maracanãzinho. Tendo o Cristo Redentor como cenário, elas voltaram a agradecer a participação do público carioca, que lotou os dois jogos da semifinal contra o Vôlei Futuro.
A Unilever e a torcida do Rio estão comemorando também a melhor média de público desta temporada. O time reuniu nos jogos no Rio de Janeiro 47.900 torcedores, média de 3.193 pessoas.
"O nosso papel é entrar em quadra e dar o nosso melhor, única forma de retribuir todo o enorme carinho dos torcedores. Sabemos que ganhar ou perder faz parte do jogo, mas devemos entrar em quadra com a consciência de que é preciso suar até o último instante, nunca desistir", acrescenta Fabi.
Mari, que é natural de São Paulo, diz que o Rio de Janeiro é uma cidade que ela escolheria para morar quando parar de jogar. "Já morei em muitos lugares, mas gosto muito daqui", revela.
Entre os torcedores, Mayara Mirtes Teixeira, de 24 anos, portadora de síndrome de down, estava entre as mais queridas das jogadoras. Carioca, ela está sempre presente aos jogos desde 2004, quando a equipe se transferiu de Curitiba para o Rio. "Durante os jogos, fico igual ao Bernardinho, não paro quieta. Gosto de todo o time, mas especialmente da Jú Nogueira, da Fabi e da Juciely. Hoje ganhei ingressos da comissão técnica para assistir à final. Estou muito feliz", diz, sorridente, já vestida com a camisa oficial do time, um presente aos sortudos torcedores escolhidos para representar toda a torcida Unilever no encontro da tarde desta quarta-feira.
Antes do jogo de sábado, a Unilever tem mais dois treinos no Maracanãzinho, programados pela CBV: nesta quinta-feira (12/4) e na sexta, das 11 às 13 horas.
Divulgação
Nenhum comentário:
Postar um comentário