Equipe carioca amargou o vice-campeonato (Foto: Daniel Ramalho/adorofoto) |
A Unilever é vice-campeã da Superliga Feminina de Vôlei 2011/2012. Diante de 11.400 torcedores, que lotaram o ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, a equipe carioca, que tem sete títulos nacionais, em 15 anos de existência, não estava num dia feliz. A vitória ficou com o tradicional rival Sollys/Nestlé, o mesmo adversário do time nas últimas sete edições, que marcou 3 sets a 0. Agora a Unilever tem sete títulos da Superliga e a equipe de Osasco, cinco. A partida marcou a despedida da levantadora Fernanda Venturini.
O técnico Bernardinho elogiou o desempenho do time do Sollys/Nestlé. "Elas jogaram muito bem, com poucos erros. Nós fizemos mais uma partida instável, como muitas outras durante a competição. Erramos mais do que poderíamos errar. Esporte é isso. Às vezes, ganhamos, outras, perdemos. Mas saio com a sensação de que não consegui preparar a equipe da forma como gostaria", afirmou.
"Foi uma temporada de muitos altos e baixos, muitas dificuldades. Começou com a ausência da Natália, que faz muita falta em qualquer equipe. Nós lutamos muito o ano inteiro, mas infelizmente não deu. As adversárias sacaram muito bem, não conseguimos encaixar o passe", disse Sheilla, que tem um título nacional conquistado pela Unilever na temporada 2010/11. Sobre sua premiação individual, Sheilla afirmou ser um reconhecimento. "Não esperava ganhar esses prêmios, que representam uma valorização ao esforço do atleta. Mas, sinceramente, preferia sair daqui com o título de campeã".
Sheilla foi a melhor atacante e sacadora da competição (Foto: Daniel Ramalho/adorofoto) |
A líbero Fabi, que soma cinco títulos de Superliga pela Unilever, lembrou que a temporada foi recheada de emoção, ora com vitórias, ora com derrotas. "Tivemos de lutar muito para chegar a mais uma final. Isso foi desafiador. São doze times, cada vez mais equilibrados, e dez ficam de fora. Nós conseguimos mais uma vez. Mas saímos chateadas dessa decisão por não termos jogado o que podíamos", comentou Fabi.
Fabi também lembrou que a levantadora Fernanda Venturini merecia ter se despedido com a vitória. "Ela merecia uma despedida melhor. É uma grande jogadora, uma estrela, mesmo. É difícil ela se emocionar, mas quando as jogadoras se abraçaram, lá atrás, deu pra sentir a emoção dela. Ela só nos disse obrigada".
A ponteira Mari afirmou que "hoje deu tudo certo taticamente para elas e nada funcionou para a gente". Campeã pela Unilever em 2010/11, comentou que a situação foi inversa à da temporada passada. "Vivemos a alegria da vitória há um ano, quando, naquela ocasião, o Osasco não rendeu o esperado. Fica um sentimento triste por não ter jogado o que a gente sabe".
Despedida emocionante
A final da Superliga marcou a despedida de uma das maiores levantadoras da história do vôlei mundial. Fernanda Venturini fez neste sábado sua última partida. Doze vezes campeã nacional, três delas pela Unilever nas temporadas 1997/98, 1999/00 e 2005/06, a atleta de 41 anos saiu de quadra aplaudida pela torcida carioca, depois de dar muitas entrevistas.
Fernanda Venturini dá sua última entrevista como jogadora (Foto: Luiz Doro/adorofoto) |
"Hoje tive a oportunidade de reencontrar grandes amigos. Infelizmente essa final não terminou como a gente gostaria. O saque fez a diferença a favor do Sollys. Perder nunca é bom, mas não apaga tudo que conquistei", enfatizou.
Após aceitar o desafio de voltar às quadras nesta temporada, depois de três anos sem jogar, Fernanda Venturini garante que chegou a hora de, definitivamente, dar adeus à sua vida de atleta. A levantadora, casada com o técnico Bernardinho, pretende, a partir de agora, se dedicar às filhas, Júlia (10 anos) e Vitória (2 anos), e da sua franquia da academia de ginástica Fórmula.
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