A Superliga masculina de vôlei 09/10 foi considerada a mais equilibrada da história. Além disso, a competição contou com o retorno de estrelas do voleibol brasileiro como Giba, Rodrigão, Gustavo, Murilo, Sidão, dentre outros. E o troféu de melhor atacante do campeonato foi, pela segunda vez consecutiva, para as mesmas mãos: as do ponteiro Thiago Alves, da Cimed/Malwee.
Na decisão, Thiago foi o maior pontuador da equipe catarinense, com 13 acertos, todos no ataque. Ao receber o prêmio, Thiago parecia não acreditar. “Não me considero o melhor atacante desta Superliga. Acredito que esse prêmio seja uma retribuição por tudo o que fiz durante toda a temporada com o time da Cimed/Malwee”, disse Thiago, que deu suas primeiras entrevistas sentado no degrau mais alto do pódio.
Para Thiago, o grande nome da partida foi o do levantador Bruno. “Mais uma vez, o Bruno soube aproveitar o potencial e o momento de cada atleta durante a partida. A Cimed, de novo, jogou como a Cimed. Um time homogêneo, sem estrelas. Acredito que é essa característica que dificulta a marcação dos nossos adversários”, destacou o ponteiro gaúcho.
A opinião de Thiago é comprovada por números. Durante os três sets, a Cimed/Malwee teve um atleta diferente como o maior pontuador da equipe e todos eles com o mesmo número de acertos: cinco no total. No primeiro, o destaque foi o próprio Thiago. Na segunda parcial, o oposto Bob foi quem mais marcou. Na terceira, o ponteiro Renato foi o destaque.
Lucão vence a aposta com Acácio
Antes dos jogos, os centrais Lucão, da Cimed/Malwee, e Acácio, do Bonsucesso/Montes Claros, fizeram uma aposta solidária. O perdedor teria que doar 15 cestas básicas para uma instituição de caridade da cidade da equipe campeã. Melhor para Lucão. “O mais legal de tudo isso é ser campeão e ainda poder ajudar”, festejou o meio de rede da equipe catarinense.
Junto com Éder, Lucão formou o paredão da Cimed/Malwee no bloqueio. A equipe catarinense marcou 10 pontos neste fundamento, contra seis dos adversários.
Para Lucão, a conquista desta Superliga tem um gosto especial. “Foi uma Superliga muito complicada. O campeonato foi muito equilibrado, com grandes equipes e grandes nomes do voleibol mundial. Chegamos com dificuldades, mas com méritos a esta decisão. Além disso, nos preparamos bem para essa final e vencemos até de certa forma com tranquilidade”, destacou Lucão.
Lucão subiu no pódio descalço. O motivo: durante a partida teve três leves torções no pé esquerdo. Mas nem mesmo a dor tirou a vontade e alegria do central durante a comemoração.
“Essa vitória é fruto de muito estudo. Nossa comissão técnica estuda cada detalhe dos adversários. O Marcel (assistente técnico) é um cara muito detalhista e estuda cada detalhe dos nossos rivais”, contou Lucão.
Para Lucão, o segredo da Cimed/Malwee ainda é difícil de ser explicado. “Todo mundo que chega à Cimed sente que o grupo tem alguma coisa diferente das outras equipes. Em cinco temporadas, foram cinco finais, quatro títulos e uma medalha de prata. É impressionante”, encerrou.
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