Trio de jogadores são os mais velhos da Superliga (Foto: Divulgação) |
Joel Perosa, levantador da Cimed que completará 40 anos no próximo dia 22. Fabiano, 39, também levantador do Soya/Blumenau/Mart Plus. Orlando, 38, ponteiro do Santo André/Spread. Os três jogadores mais velhos da Superliga Masculina de Vôlei 10/11 já passaram por diversos momentos em suas carreiras e continuam somando experiência para suas equipes, com sobra e talento. E parar de jogar ainda está longe dos planos dos três atletas.
São 25 anos dedicados ao vôlei. O início foi em 85, no Chapecó. Naquela época, o jovem adolescente Joel participava dos Jogos Escolares quando foi chamado para treinar no clube catarinense. Começou como ponteiro e, por uma sugestão do então técnico Bebeto de Freitas, virou levantador.
“Jogar continua sendo um prazer. Os momentos de maior alegria são os das conquistas dos títulos e não tenho arrependimento das minhas escolhas. Nem de ter saído do Brasil (atuou na França e em Portugal), de ter voltado ao país ou de ter jogado em equipes pequenas”, garante Joel. “Não me sinto com 40 anos. Vou permanecer jogando enquanto estiver com vontade de treinar, continuar bem fisicamente e me manter nesse nível. É claro que, a medida que a gente vai ficando mais experiente, cada título tem um significado mais especial”, admite o levantador campeão da Superliga 08/09 com a Cimed.
“ORLANDO MAGIC”
Aos três anos, Bruna não perde uma partida do Santo André/Spread. Quando está em casa, pega a bola e faz os gestos do esporte que está acostumada a ver: “Igual ao papai”. O que Bruna ainda não sabe é que o seu pai, o ponteiro Orlando, do time da região do ABC paulista, tornou-se o segundo jogador a ultrapassar a barreira dos três mil pontos na história da Superliga – só perde para Ezinho, do Vivo/Minas.
Orlando soma, hoje, 3.047 pontos, sendo 68 marcados nesta temporada. Ezinho, maior pontuador da história da competição, tem 3.248 pontos.
“Não determinei uma data para deixar as quadras. Ano passado até pensei nessa possibilidade, mas, enquanto eu estiver bem, gostando do que faço, e tendo a oportunidade de jogar por algum clube, continuo”, garante o atleta, que fez parte da seleção brasileira juvenil que disputou o Campeonato Mundial em 91, no Egito. O Brasil era o favorito, tinha todas as condições de conquistar o título, mas terminou na quarta colocação. Um resultado que não fez justiça àquela geração.
“Acho que essa foi a maior decepção na minha carreira. É difícil esquecer até hoje”, afirma o ponteiro do Santo André/Spread e exemplo para os jogadores mais jovens da equipe. “Digo para eles que me sinto um privilegiado”.
VÔLEI NO SANGUE
O levantador Fabiano, do Soya/Blumenau/Mart Plus, tem o vôlei no DNA. Sua mãe, Dionete, foi jogadora e fez parte, inclusive, da seleção catarinense que chegou a disputar o campeonato brasileiro. Não é à toa que Fabiano adotou a modalidade como profissão.
“Amo o que faço. Pretendo jogar enquanto tiver saúde, e a posição de levantador permite continuar um pouco mais em atividade. Mas o que nos motiva realmente é o amor pelo esporte. Além do lado competitivo, existe também o convívio e as amizades que fazemos. O Joel e eu nos conhecemos desde os 14, 15 anos. Somos muito amigos até hoje. Isso é muito legal”, diz Fabiano, catarinense da cidade de Concórdia.
Um dos últimos a chegar na equipe do Soya/Blumenau/Mart Plus para esta temporada da Superliga, Fabiano tem um desafio: retomar a faculdade de educação física. Mas, por enquanto, suas atenções estão voltadas para as quadras.
“O time mescla jogadores experientes com outros mais jovens. Acho importante tentar trazer a experiência para o grupo”, completa Fabiano.
Divulgação
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