Partida marcou a estreia de Sheilla e Natália (Foto: Divulgação/Fivb) |
Jogar na cidade mais brasileira do Japão tem suas vantagens. Uma delas é garantir o apoio da torcida local. Foi assim na segunda partida da seleção feminina de vôlei no Campeonato Mundial. Com bandeiras, pandeiros e tamborins, os torcedores fizeram um carnaval nas arquibancadas da Hamamatsu Arena e empurraram o Brasil para a vitória. Foi suado, mas a equipe do técnico José Roberto Guimarães superou a República Tcheca por 3 sets a 2 (22/25, 25/22, 23/25, 25/20 e 15/9), em 1h59, neste SÁBADO (30.10), em Hamamatsu.
“Sempre esperamos jogos difíceis, mas as tchecas realmente jogaram muito bem. Elas entraram com menos responsabilidade e arriscaram tudo. Forçaram o saque e conseguiram quebrar o nosso passe. Estou sentindo o nosso time um pouco preso ainda. A equipe está ansiosa, preocupada em não cometer erros. A partir do quarto set, o time acalmou e jogou mais solto. É assim que tem que ser”, comentou Zé Roberto.
Durante os cinco sets disputados, a seleção brasileira alternou altos e baixos. Para o treinador brasileiro, é preciso mais regularidade. “Não se ganha um Mundial sem regularidade. Ainda estamos cometendo muitos erros. Mas vamos conversar e diminuir a ansiedade para o jogo contra a Holanda”, completou.
Depois da vitória nos dois primeiros jogos do campeonato, o Brasil voltará à quadra neste DOMINGO (31.10), às 7h (de Brasília), contra a Holanda. A TV Bandeirantes e o canal Sportv transmitem a partida ao vivo.
“Estamos mais acostumadas a jogar contra a Holanda. É uma grande equipe. Teremos que ter atenção redobrada e concentração. Ainda não conseguimos nos soltar em quadra e jogar com alegria. O time está preso. Mas é início de Campeonato Mundial. Espero que amanhã já esteja melhor”, disse a capitã Fabiana.
O jogo - A República Tcheca começou melhor no primeiro set. Sem conseguir acertar o sistema defensivo, as brasileiras viram as adversárias abrirem 8/5. Bem no ataque, o Brasil chegou ao empate com Natália (9/9) e equilibrou o jogo. No segundo tempo técnico, o placar apontava 16/15 para as tchecas.
Depois da parada, as brasileiras marcaram três pontos consecutivos e viraram: 18/16. Embalado pela torcida, o time verde e amarelo abria vantagem, mas as tchecas buscavam o jogo. Em cinco pontos seguidos, a República Tcheca virou para 23/20. Os tempos solicitados por Zé Roberto não surtiram efeito e o Brasil perdeu o primeiro set: 22/25.
O panorama foi diferente no segundo set. Depois de levar os dois primeiros pontos, o time brasileiro reagiu. Sheilla chamou a responsabilidade desde o início da parcial. Em dois ataques seguidos da oposto, o Brasil fez 6/3. A seleção verde e amarela ditava o ritmo de jogo e chegou ao segundo tempo técnico com 16/7 no placar. As brasileiras abusaram dos erros e permitiram que as tchecas encostassem: 20/19. Mas, dessa vez, o Brasil segurou a vantagem e fechou a parcial em 25/22.
O time brasileiro marcou os dois primeiros pontos do terceiro set, mas permitiu a reação adversária. A República Tcheca compensava as falhas de saque com a eficiência no ataque e abriu 7/4. Melhor no sistema defensivo, a equipe tcheca ampliou a vantagem: 13/9. Com problemas no passe, o Brasil não conseguia encostar no placar. Depois de abrirem 22/17 em ponto de bloqueio, as tchecas atacaram para fechar a parcial em 25/23.
O Brasil voltou para o quarto set disposto a empatar a partida. Eficiente no saque e no ataque, a equipe brasileira abriu 11/6 em ace de Fabiana. A República Tcheca ainda ensaiou uma reação (20/18), mas não foi suficiente. As brasileiras fecharam a quarta parcial em ataque de Sheilla: 25/20.
No quinto set, as duas equipes foram para o tudo ou nada. Mais à vontade em quadra, o Brasil cresceu no jogo. Comandada pelas atacantes Natália e Sheilla, a seleção brasileira garantiu a vitória no tie-break: 15/9.
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