O resultado abaixo do esperado na Liga Mundial só não ficou totalmente para trás porque, dele, a seleção brasileira masculina de vôlei tirou uma lição. Corrigir alguns pontos considerados fundamentais e recuperar a alegria de jogar são alguns dos objetivos. A sexta colocação na Liga Mundial não preocupa mais e, os Jogos Olímpicos de Londres, considerada a principal competição do ano, ocupam o pensamento de todos na equipe brasileira.
“Sabemos que precisamos melhorar. Passamos por momentos difíceis nessa Fase Final de Liga Mundial, mas temos que esquecer um pouco o que aconteceu. Estamos trabalhando, agora, pensando nas Olimpíadas. Tiramos as nossas lições da Liga, e temos que focar no nosso sonho, no nosso objetivo maior, que é a Olimpíada”, afirmou o ponteiro Murilo.
Para o líbero Serginho, o tempo que a equipe brasileira ainda tem para corrigir as falhas é suficiente. Segundo um dos jogadores mais experientes do grupo, as duas semanas até o embarque para Londres são o foco principal neste momento.
“Ninguém está mais pensando em derrota. Agora temos duas semanas antes da estreia na Olimpíada e não temos que pensar no que passou. Esse grupo já provou do que é capaz. Lógico que ainda temos que acertar o nosso padrão de jogo e estamos buscando exatamente isso nesse período antes da viagem”, disse Serginho.
O levantador Bruno ressalta que, além de corrigir qualquer detalhe técnico ou tático, a seleção brasileira precisa voltar a vibrar em quadra.
“Em qualquer competição, a seleção brasileira entra para buscar o título. Dessa vez foi diferente. Ficamos tristes, mas sabemos que o grande objetivo da temporada ainda está por vir. Por isso, não podemos desanimar. E o principal é mudar a nossa atitude. Estávamos um pouco apáticos, sem aquele brilho nos olhos e não podemos perder esse tipo de atitude”, garantiu Bruno.
Bernardinho pede atenção
A colocação não foi considerada boa, claro, mas o resultado final não incomoda tanto o técnico da seleção brasileira masculina, Bernardinho. Para ele, a atuação abaixo do que se espera do Brasil é o mais preocupante.
“Não é questão de ter sido quinto, primeiro ou segundo. Acho que o desempenho do Brasil foi abaixo daquilo para o qual nós trabalhamos. Tivemos uma série de percalços durante a competição, como contusões e recuperação de alguns jogadores. Nada disso é justificativa, mas condiciona a base da preparação e isso, certamente, nos levou a uma atuação abaixo”, disse Bernardinho.
O treinador sabe o resultado ruim também pode ser aproveitado neste momento. A vivência de jogadores experientes tem que ser utilizada para que o grupo mude a história na próxima competição.
“É claro que muito do nosso aprendizado vem daí. Nós temos que usar da nossa experiência para não deixar que esse mau resultado interfira demais no nosso nível de confiança. Nós temos condições de sermos competitivos nas Olimpíadas. E, ao mesmo tempo, temos que usar as lições das equipes que estão muito bem e analisar o porquê delas estarem tão bem. Estamos trabalhando para chegarmos a Londres com o nível ideal”, afirmou Bernardinho.
Grupo ainda será reduzido
Seguem em treinamento no Aryzão, o Centro de Desenvolvimento do Voleibol, em Saquarema (RJ), os levantadores Bruno e Ricardinho, os opostos Leandro Vissotto, Theo e Wallace, os centrais Rodrigão, Lucão e Sidão, os ponteiros Giba, Murilo, Dante, Thiago Alves e Lucarelli e os líbero Serginho e Mário Júnior. Dos 15, apenas 12 estarão em Londres.
A seleção brasileira masculina embarca para Londres no próximo dia 22 à noite. A estreia do Brasil será no dia 29 de julho, contra a Tunísia. Ainda serão adversários do time de Bernardinho na primeira fase as seleções da Rússia, Estados Unidos, Sérvia e Alemanha.
Divulgação
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