Páginas

sexta-feira, 20 de julho de 2012

(OLIMPÍADAS) Natália: "Vou confiando em Deus, com o escapulário no peito e a imagem de Nossa Senhora"

A ponteira Natália, da Unilever, é uma daquelas pessoas de bem com a vida. E provou isso durante o seu período de recuperação após passar por duas cirurgias na canela esquerda, que a deixaram sem jogar a última temporada pelo clube carioca. Recuperada, a jogadora embarca neste sábado  (21/7) rumo a Londres para a disputa de sua primeira Olimpíada. O embarque da delegação brasileira, que conta também com a líbero campeã olímpica (Pequim/08) Fabi, integrante da equipe Unilever desde 2005, será às 21h40 no voo JJ9505 da TAM do aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo (SP).

Depois do último treino em Saquarema, quinta-feira (19/7), Natália era só otimismo. "Fizemos os últimos ajustes e posso dizer que tenho me sentido super bem. Esse último treino no Brasil foi o melhor desde que comecei a saltar", comemorou a jogadora, que integrará pela primeira vez a seleção brasileira em Jogos Olímpicos. "É um sonho que está se realizando. Vou poder sentir o gostinho de disputar uma Olimpíada. Estou melhor a cada dia, praticamente sem qualquer incômodo na região operada, e quero ajudar minhas companheiras a buscar o bi olímpico em Londres", sentenciou a jogadora de 23 anos,acrescentando: "vou confiando em Deus, com o escapulário no peito e a imagem de Nossa Senhora".

Em sua segunda participação olímpica, a experiente Fabi, de 32 anos, garante que embarcará com o mesmo frio na barriga de quatro anos atrás, quando conquistou o ouro em Pequim.

"Disputar uma Olimpíada é sempre especial. É um privilégio, um prazer e uma grande responsabilidade representar o Brasil, o Rio de Janeiro, meu estado. Vou levar com muito carinho o meu uniforme de jogo, que é muito valioso, e a bandeira brasileira. Amo representar o país", comentou a líbero, que já conquistou cinco títulos nacionais pela Unilever.

Fabi lembrou que a seleção terá um caminho difícil para tentar chegar ao lugar mais alto do pódio. "Estamos em um grupo difícil. Os Estados Unidos são o grande time a ser batido. Mas também tem a Sérvia, a Turquia, campeã européia. Acredito que serão os Jogos mais disputados de todos, tanto no feminino quanto no masculino", concluiu.

Entenda o caso Natália

Natália foi operada pela primeira vez em junho de 2011 para a retirada de um tumor benigno da canela esquerda.  Ela vinha se recuperando bem, mas o tumor acabou voltando, uma recidiva, de acordo com a explicação médica. Foi feita uma série de exames e constatada a necessidade de nova intervenção.

A segunda cirurgia foi realizada no último dia 20 de dezembro, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, pelo Dr. Reinaldo Jesus Garcia. Durante a operação, foi feita a ressecção do tumor e colocado enxerto ósseo no local. O osso foi fixado com haste de titânio, o que permitirá melhor reabilitação e ajudará a evitar fratura.

Natural de Ponta Grossa, no Paraná, Natália começou a jogar vôlei nas categorias de base do AJOV, em Joaçaba (SC). Passou por Campos e Macaé e, com apenas 16 anos, foi contratada pela equipe adulta de Osasco. Aos 17, já defendia o clube na Superliga Feminina como titular. Com a seleção brasileira infanto-juvenil, foi campeã sul-americana em 2004 e Mundial em 2005. Como juvenil, repetiu os dois títulos. Foi campeã continental em 2006 e Mundial em 2007 (eleita a melhor jogadora da competição). Foi convocada pela primeira vez para a seleção adulta na Copa dos Campeões de 2005.

Divulgação

Nenhum comentário:

Postar um comentário