Páginas

sexta-feira, 30 de abril de 2010

(SUPERLIGA) Ary Graça e Bernardinho minimizam saída da Blausiegel. Com dificuldades em Barueri, Zé lamenta.

Tecnico da Seleção Brasileira feminina, Zé roberto, quer montar time em Barueri(SP)

A decisão da Blausiegel em romper o apoio ao vôlei feminino de São Caetano pegou a Confederação Brasileira (CBV) e os técnicos das seleções de surpresa. Entretanto, o presidente Ary Graça e Bernardinho minimizaram o ocorrido, classificando a decisão da empresa farmacêutica como "normal".


"Ano passado já houve um movimento deste tipo (saída do Finasa em Osasco) e houve muita fumaça em uma crise que não existia. Toda questão de patrocínio é cíclica e temos que dar o direito às empresas de entrar, sair, experimentar...", argumentou o treinador da seleção masculina e do Unilever, equipe mais vencedora do voleibol feminino no país. "É um desconforto momentâneo, mas certamente outros parceiros virão e mais fortes ainda", acredita.

Com opinião semelhante, Ary Graça lembrou que o time de São Caetano vai continuar na ativa, ainda que com um investimento menor. E comparou a situação à Europa. "É normal que os patrocinadores variem. O futuro vai ser esse: a gente forma os clubes e o patrocinadores vêm, como é na Itália. Lá, os apoiadores também vão e vem", afirmou.

Otimista como sempre, o dirigente garantiu que a próxima edição da Superliga masculina e feminina será ainda melhor que a de 2009/2010. Justamente por isso acredita que a Blausiegel tomou a decisão errada.

"É muito difícil você estabelecer regras para as empresas, pois cada um tem o seu planejamento estratégico, mas pessoalmente eu acredito que este é o momento errado de sair. A Superliga, que era um calcanhar-de-aquiles que eu tinha, se tornou este ano o melhor campeonato do mundo. E no ano que vem é que vai explodir mesmo. O céu é o limite", empolgou-se.

Com dificuldades em Barueri, Zé lamenta - Ao contrário de Ary e Bernardinho, o treinador da seleção feminina, José Roberto Guimarães, lamentou o enfraquecimento do time do ABC, que na última temporada contou com as campeãs olímpicas Mari, Sheilla e Fofão, além da cubana Regla Bell.

"Cada vez que sai uma empresa de patrocínio ou que investe em categorias de base eu fico preocupado, pois enquanto as jogadoras mais conhecidas sempre conseguem mercado, as do segundo escalão e as novas têm problemas (em arrumar outro emprego)", observou o treinador.

Com planos de montar uma equipe competitiva em Barueri, Zé Roberto confessa que ele mesmo tem passado por sérias dificuldades com o empresariado. Tanto que dificilmente o projeto sairá do papel para a temporada 2010/2011.

"Corri atrás de patrocínio, mas está difícil. E conseguir uma empresa que aprove uma verba para montar um time importante em curto espaço de treino não é muito simples. Eu não desisto, mas acho que está muito em cima da hora", lamentou o duas vezes campeão olímpico, que destacou a estrutura da cidade da Grande São Paulo. "Lá tem 14 ginásios cobertos, é um dos melhores lugares do mundo", lembrou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário