As eleições do próximo dia 3 terão um gostinho especial para quatro jogadoras da equipe de vôlei Unilever. A líbero Juliana Perdigão e a meio-de-rede Mara, de 19 anos, e as ponteiras Carolina, de 18, e Amanda, de 23, vão votar pela primeira vez. Embora nem sempre feliz com a política nacional, o quarteto, que tem domicílio eleitoral no Rio de Janeiro, cidade-sede do time, admite que ir às urnas é um momento importante na vida de todos os cidadãos.
Em 2006, Amanda teve chance de estrear como eleitora, mas acabou justificando seu voto porque estava em viagem com o time da Unilever para disputar a Salonpas Cup, em São Paulo.
"Agora, vai ser para valer. Nós, jogadoras, acabamos visitando muitos Estados e conhecendo um pouquinho da realidade brasileira. Particularmente, fiz uma pesquisa na internet sobre os candidatos que escolhi. O candidato ser ‘ficha limpa’ contou bastante", comenta a jogadora, que é natural de Recife (PE), mas desde 2004, quando começou a jogar na Unilever, mora no Rio. "Vou votar na faculdade onde estudo, no bairro do Flamengo. Sou uma carioca de coração e me preocupo com os problemas da cidade", diz Amanda.
A líbero Juliana Perdigão conta que excluiu, de cara, alguns candidatos por não concordar com seu passado na política. "Eu não sou muito bem informada sobre o assunto, mas tem coisas que alguns deles fizeram com o que não concordo. Esses não terão o meu voto. Vou procurar votar em pessoas das quais tenha alguma referência ou que sejam conhecidas de amigos para evitar cometer erros", afirma a carioca, que vai votar em Laranjeiras, bairro em que mora.
Mineira de Sabinópolis, Mara também votará no Rio, onde reside desde a temporada passada, quando chegou ao time. "Voto na pessoa, nunca no partido. Sinceramente, às vezes fico muito decepcionada com alguns políticos, mas temos de acreditar sempre", comenta a central, que chegou a ser representante de turma no colégio. "Foi o máximo que me envolvi com política", brinca.
Já a fluminense Carolina, natural de Nova Iguaçu, recebeu há poucos dias a notícia de que poderia votar, graças à mudança de data do Sul-Americano Juvenil. A jogadora, que integra a seleção brasileira da categoria, terá a chance de escolher seu presidente e demais representantes antes de embarcar para a competição, que começa dia 9, em Cáli, na Colômbia. "Como não ia votar, estava mais desligada. Agora, estou consultando meus pais e lendo bastante jornal para fazer minhas escolhas", revela.
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