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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

(PRÉ-TEMPORADA) Roberta, reserva de Dani Lins, já sente evolução na Unilever


Ter a responsabilidade de ser a reserva da levantadora Dani Lins não é tarefa fácil. Mas a jovem paranaense Roberta Ratzke, de 20 anos, contratada pela equipe Unilever para ser a substituta imediata de Dani, confia em seu potencial. Desde junho, quando tiveram início os treinamentos na Escola de Educação Física do Exército, na Urca, zona sul do Rio de Janeiro, a jogadora recebe atenção especial dos assistentes-técnicos Helio Griner e Ricardo Tabach, que, assim como o técnico Bernardinho, foram levantadores.

"Estou cercada de profissionais que entendem profundamente da posição. Já sinto uma enorme evolução nas bolas de entrada de rede, nas quais tinha mais dificuldade. Consigo trabalhar essas bolas com mais precisão e força. Pouco a pouco, começo a me soltar em quadra, estou mais calma e segura para executar as instruções da comissão técnica. É um crescimento gradual", afirma Roberta, que começou a jogar vôlei na Escolinha do Projeto Esporte Cidadão, antes chamado de Projeto Rexona, em 1998, em Curitiba.

Bastante exigida nos treinamentos, Roberta diz sentir um "cansaço bom", que está rendendo bons frutos. "Diariamente, quando acabo o treinamento, procuro lembrar o que errei. A comissão técnica está explorando cada dificuldade que sinto, sinalizando com tranquilidade cada erro. Isso é muito positivo" comenta Roberta, fã incondicional de Dani Lins, que conheceu recentemente, numa recente sessão de fotos do time.

"Eu tinha uma impressão distante da Dani. Para mim, ela era uma atleta da seleção, intocável. Nosso primeiro contato foi muito bacana. Ela é simpática, querida, e me deixou muito à vontade", conta.

Roberta, que mora em um apartamento alugado pela Unilever no Rio de Janeiro, ainda não conhece todos os principais pontos turísticos da cidade, mas já elegeu o píer da Lagoa como seu lugar preferido. "O astral de lá é muito bom", diz a levantadora de 1,85 m, medalha de bronze no Campeonato Mundial Juvenil, em 2009. "Conheço o peso da responsabilidade da minha posição. Particularmente, me cobro ter sempre o controle do jogo, levantar bolas precisas", confessa.

O assistente-técnico Helio Griner define Roberta como uma jogadora inteligente, que sabe ouvir, com potencial a ser trabalhado. Ele diz que ela tem uma boa bola de meio-fundo e lembra que o levantador precisa ter algumas qualidades específicas bem desenvolvidas, como sensibilidade, espírito de liderança, percepção técnica e confiança.

"A bola, salvo raras exceções, obrigatoriamente passa pelo levantador. Num jogo feminino, em que há menos força e mais defesa, sua importância cresce ainda mais. O jogo tem menos potência e quanto mais bem levantada a bola maior a chance de a jogada terminar em ponto", comenta Griner.

Segundo ele, não foi à toa que as equipes que tiveram as levantadoras Fernanda Venturini e a Fofão normalmente levaram vantagem nos campeonatos nacionais. "O levantador faz a diferença para o time."

Hélio também não tem dúvidas de que Dani Lins servirá como uma importante referência para a jovem Roberta. "A Dani também chegou ao time bastante nova. Ela é uma pessoa positiva, paciente, e vai ajudar muito a Roberta, que deve se espelhar em algumas de suas características, como técnica e vigor físico.

Dani Lins segue, até novembro, com a seleção brasileira para a disputa do Campeonato Mundial e só depois se junta à equipe Unilever para a Superliga.

Divulgação

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