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segunda-feira, 27 de junho de 2011

(PRÉ-TEMPORADA) Helio Griner encara desafio de preparar a Unilever e a seleção feminina militar

Griner: "Expectativa para os Jogos Militares é muito boa" (Foto: Divulgação/Adorofoto)

A princípio, o professor Helio Griner parece uma pessoa séria, reservada. Mas bastam alguns minutos de conversa para se perceber que esse carioca, de 44 anos, esconde uma personalidade para lá de brincalhona. E é com muito bom humor que Helio encara mais um momento importante de sua carreira. Além de assistente técnico de Bernardinho na equipe Unilever desde a criação do time, em 1997, ele agora tem o desafio de dirigir a seleção feminina de vôlei nos Jogos Mundiais Militares, que começam em 16 de julho, no Rio.

Atuando em várias frentes - também é sócio da Escola de Vôlei Bernardinho - Helio espera repetir o bom desempenho do Campeonato Mundial Militar de Vôlei de 2010, na Carolina do Norte, quando o País sagrou-se campeão também sob seu comando. Nesta entrevista, Helio, heptacampeão da Superliga pela Unilever e ex-levantador, fala sobre as chances do Brasil nos Jogos Mundiais Militares e a rotina de treinamentos.

Como você está conciliando a rotina de treinamentos da Unilever com a da seleção militar?
Helio - A Unilever está treinando com seis jogadoras, já que muitas delas estão à disposição das seleções principal (Sheilla, Mari, Fabi, Juciely, Juliana Nogueira e Natália, em recuperação de cirurgia) ou militar (Régis e Valeskinha). Por isso, temos feito o treinamento da Unilever em conjunto com o da seleção militar, fortalecendo assim os dois grupos, já que ambos treinam na Escola de Educação Física do Exército, na Urca. As levantadoras Fernanda Venturini e Roberta estão tendo um treinamento mais específico, que divido com o Tabach (Ricardo Tabach, também assistente-técnico de Bernardinho). Já a Amanda (ponteira), a Juju (líbero) e a Mara e a Ana Carolina (meios-de-rede) também estão integradas à nossa rotina de treinos na Esefex.

Qual a sua expectativa para os Jogos Mundiais Militares?
Helio - Muito boa. O grupo tecnicamente é forte, as jogadoras se conhecem bem. Embora a Veleskinha seja a única campeã olímpica (Pequim/08), todas têm bastante experiência. Recentemente, em dois amistosos contra a seleção brasileira juvenil, tivemos a oportunidade de juntar todo o grupo, incluindo as sargentos que estão na seleção brasileira, que são a Juciely, a Natasha e a Fernanda Garay.

Você destacaria algum adversário mais difícil no Mundial?
Helio - Se nada mudar, Alemanha e China devem ser nossas principais adversárias. A China não foi ao Mundial de Vôlei do ano passado e, por isso, sabemos menos sobre a equipe, mas é a atual campeã dos Jogos Mundiais Militares, venceu a edição de 2007.

O que esperar da heptacampeã Unilever para a temporada 2011/12?
Helio - O time fez uma campanha muito boa na última temporada e a base da equipe foi mantida. A Unilever tem um retrospecto muito positivo. Das últimas seis edições da Superliga, ganhamos cinco. Para 2011/12, conseguimos importantes reforços, como a Natália e a Fernanda Venturini, que, mesmo aos 40 anos, nunca deixou de se cuidar fisicamente. E já deu para perceber, em seus treinamentos, que ela tem tudo para voltar muito bem. Por tudo isso, esperamos uma temporada de conquistas.

Como conciliar tantas atividades com a rotina de pai?
Helio - Por incrível que pareça, tenho conseguido chegar em casa a tempo de ver a Marina (4 anos) e o Rafael (7 meses) acordados, já que os treinamentos da tarde terminam por volta de 17h30. Durante a Superliga, com os treinos à noite, já pego os dois quase dormindo. Não tem jeito...

Divulgação

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