(MUNDIAL) Bravo: “É mais fácil me conhecerem na Itália do que no Brasil”

Ele é paulista de Presidente Prudente, começou a jogar vôlei aos 12 anos, na cidade de Primavera, no interior de São Paulo. Aos 22, já estava se transferindo para a Bélgica. Lá atuou de 2002, quando foi eleito o melhor jogador, até 2004/2005. Depois, foi para a Itália, onde jogou outras cinco temporadas. Agora, foi contratado pelo voleibol turco. Aos 31 anos, jogará pela primeira vez um Campeonato Mundial, e não será estranho se, quando entrar em quadra, o torcedor brasileiro interrogar: Quem é João Paulo Bravo?

Bravo disputará seu primeiro Mundial

“É mais fácil me conhecerem na Itália do que no Brasil”, admite o ponteiro. “Saí do país exclusivamente por questões financeiras. Recebi uma proposta muito boa do voleibol belga. Fui, gostei e fiquei três anos. Também queria melhorar como jogador. Disputei o campeonato europeu, a Champions League, e comecei a me destacar na Europa. O auge foi a temporada passada. Ganhei o campeonato italiano e fui convocado para a seleção brasileira”, diz João Paulo Bravo.

Apesar de o sonho de todo jogador é ser chamado para fazer parte da seleção brasileira, João Paulo Bravo diz que não esperava ser convocado. “Foi uma surpresa, mas apesar de jogar fora do Brasil, sei que o Bernardinho está ligado em tudo, e que estava acompanhando o campeonato italiano. É um sonho muito bom estar aqui. Estou aproveitando cada momento e me dedicando ao máximo, porque quando colocar a cabeça no travesseiro quero ter a certeza de que fiz o melhor que poderia ter feito”, ressalta o jogador.

Sobre a expectativa de disputar o Campeonato Mundial pela primeira vez, João Paulo Bravo acredita em um bom papel do Brasil. “Espero que todos consigam jogar o seu melhor. Valores individuais a seleção brasileira tem, mas ninguém ganha uma competição sozinho”.

Os amigos que fez na Itália já estão esperando pela chegada do brasileiro - a delegação desembarca nesta QUARTA (22.09), em Verona, onde estreará no Mundial neste SÁBADO (25.09), contra a Tunísia. “Todos estão me escrevendo. Acho que será bom jogar na Itália. Pelo menos uns oito jogadores da seleção já atuaram no voleibol italiano”. Voltar a atuar no Brasil também não está descartado por João Paulo.

“Os investimentos no Brasil melhoraram de dois anos para cá. Todo ano um clube brasileiro entra em contato comigo, mas não sou tão conhecido como o Giba, o Rodrigão. As propostas do exterior acabam sendo melhores”, explica João Paulo Bravo, que tem contrato na Turquia por uma temporada.

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