Italianos comandam a seleção da Polônia (Foto: CBV/Divulgação) |
A Polônia realizou na noite de QUINTA-FEIRA (02.06), o primeiro treino no Maracanãzinho. Os poloneses enfrentarão o Brasil nestes SÁBADO (04) e DOMINGO (05.06) pela segunda semana da Liga Mundial de Vôlei 2011. O time europeu tem no comando dois velhos conhecidos dos brasileiros, que por muito tempo defenderam a seleção italiana: o técnico Andrea Anastasi e o assistente Andrea Gardini. Anastasi comandou a Itália na conquista da Liga Mundial de 1999 e Gardini participou do tricampeonato mundial italiano (90, 94 e 98).
O treino polonês é uma verdadeira torre babel. Anastasi e Gardini orientam os jogadores da Polônia em três línguas diferentes: polonês, italiano e inglês. Para Gardini, os poloneses estão em evolução depois de dois meses de treinamento. “O time está ganhando forma. Estamos no início do trabalho, mas temos um grupo forte e de grande potencial”, diz Gardini.
Nos jogos contra o Brasil o assistente técnico da Polônia espera dificuldades e garante que será uma grande honra estar mais uma vez no Maracanãzinho. “O organização do voleibol brasileiro é incrível. Esse é o momento do Brasil e será um prazer jogar contra eles”, destaca Gardini, lembrando que, como jogador, viveu bons momentos no palco do confronto deste fim de semana.
“Joguei muitas vezes neste ginásio e tenho boas lembranças. O nosso primeiro título mundial foi conquistado aqui, em 1990. Ainda não tinha visto o Maracanãzinho depois da reforma e está tudo muito bonito. Tive a sorte de enfrentar grandes jogadores brasileiros como o Tande, o Giovane, o Carlão e o Maurício, que eram craques. Dentro da quadra nós tivemos batalhas inesquecíveis, mas fora dela nos tornamos bons amigos”, explica Gardini.
O ex-jogador revelou ainda que no último inverno europeu passou uma temporada no Brasil para acompanhar o trabalho do técnico Giovane Gávio, campeão da Superliga Masculina com o Sesi-SP, e do argentino Marcelo Mendez, treinador do Sada Cruzeiro (MG), vice-campeão da Superliga. Apesar de estar plenamente adaptado à nova função dentro do voleibol, Gardini garante que nada se compara com a sensação de estar dentro da quadra.
“Trabalhei como diretor técnico em dois clubes italianos e essa experiência na seleção polonesa esta sendo incrível, mas nada é igual à sensação de estar dentro da quadra”, finaliza o jogador, que conquistou três medalhas olímpicas com a esquadra azzurra, duas pratas (Atlanta/1996 e Atenas/2004) e um bronze (Sydney/2000).
Campeão da Liga Mundial com a Itália, o técnico Andrea Anastasi quer levar a Polônia ao lugar mais alto do pódio. E, este ano, o time europeu lutará pelo título dentro de casa. A Fase Final da competição será disputada em Gdansk e Sopot , entre os dias 6 e 10 de julho.
No entanto, Anastasi lembra que o time polonês está em evolução, diferente do Brasil que, para ele, está num nível técnico acima dos demais. “O time brasileiro é muito forte, que está num patamar elevado com relação aos demais. Nosso grupo é jovem, mas tem tudo para evoluir com o tempo. Estamos animados com o início deste novo trabalho”, diz o treinador que assumiu a equipe nesta temporada.
Jogar no Marcanãzinho também traz boas recordações para Anastasi. O italiano lembra também que a rivalidade com os brasileiros é grande, mas só dentro de quadra.
“É muito bom poder voltar ao Brasil e estar novamente no Maracanãzinho, um palco importante para o voleibol. Existe uma grande rivalidade com os brasileiros desde a época que eu era técnico da Itália. Mas isso é somente dentro da quadra. Fora dela, somos amigos”, garante.
Anastasi integrou a seleção italiana no auge da equipe na década de 90. Naquela época, a azzurra era praticamente imbatível e venceu a maioria dos confrontos contra o Brasil. No entanto, como treinador, Anastasi viveu derrotas marcantes, como as eliminações nas semifinais dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, e no Campeonato Mundial, na Itália, em 2010.
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