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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

(GRAND PRIX) Dez semanas após a cirurgia, Natalia está pronta para ajudar o Brasil

Intenção da comissão brasileira é aproveitar Natália para a fase final (Foto: Divulgação)

Uma cena se tornou comum após os jogos do Brasil na primeira fase do Grand Prix. Enquanto as titulares descasavam, as reservas se dirigiam à quadra de aquecimento para mais um período de treinos. Entre as jogadoras do grupo estava a ponteira Natalia. Dez semanas após a cirurgia para a retirada de um raro tumor benigno da canela esquerda, a atleta está recuperada e pronta para ajudar as brasileiras a conquistar o nono título da competição.

As atuais campeãs olímpicas disputarão a segunda fase do torneio, a partir desta SEXTA-FEIRA (12.08), em Alamaty, no Cazaquistão. O primeiro adversário das brasileiras será a Tailândia, às 9h (horário de Brasília). Sportv e Esporte Interativo transmitirão ao vivo. O Brasil está no Grupo F, com as tailandesas, as donas da casa e as italianas.

Para Natalia, que voltou a saltar e a cada dia aumenta a carga de treinamentos, o momento é de otimismo. “Fiz a cirurgia há dez semanas. Estou me recuperando super bem. Tinha começado a treinar desde a Copa Pan-Americana, no México, a parte de fundo de quadra e defesa. Depois, em Saquarema, comecei a saltar aos poucos. Já na primeira etapa do Grand Prix, aumentei a carga de treinamentos e estou saltando quase sem dor. Estou cada vez melhor. Espero, em breve, poder entrar em quadra para ajudar as meninas”, diz a jogadora.

O médico da delegação brasileira, Júlio Nardelli, que acompanha a seleção feminina no Grand Prix, foi o responsável pela cirurgia da ponteira. Nardelli acredita que a recuperação da jogadora está sendo excelente.

“A Natália foi submetida a uma cirurgia para a retirada de um tumor benigno muito raro. Tem apenas nove ou dez casos no mundo. O mais importante agora é a programação de retorno às atividades. Estamos começando a exigir mais dela com trabalhos de salto. É normal que ela sinta um pouco de desconforto na região operada, mas é um desconforto gerado por fadiga e cansaço porque a musculatura ficou um pouco defasada”, explica Nardelli, ressaltando que o planejamento de recuperação da atleta será utilizado em novos casos.

“Nós combinamos com o Zé Roberto que o retorno seria gradativo. Não precisamos expo-lá a uma atividade intensa logo de cara. Então, nós estamos criando esse planejamento porque não existe nada efetivamente escrito e diagnosticado na literatura médica. Estamos criando esse protocolo, até para divulgar para quem precise depois. É um protocolo muito simples, mas que tem tudo contado para que o retorno seja positivo e sem risco para a atleta. Depois de dois meses e meio, ela está voltando o treinamento com salto e está atacando com mais força. O retorno dela está sendo bem positivo e vamos ver se conseguimos aproveitá-la mais na fase final do Grand Prix”, diz o médico.

Divulgação

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