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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

(PRÉ-TEMPORADA) Motivada, Valeskinha volta aos treinos da Unilever

A campeã olímpica (Pequim/08) Valeskinha, capitã da equipe Unilever, não para. Depois de conquistar dois títulos seguidos - o da Superliga, em abril, e o dos Jogos Mundiais Militares, em julho -, a meio-de-rede, de 35 anos, acaba de retornar de dez dias de férias nos Estados Unidos mais disposta do que nunca. Ela já treina com as companheiras de equipe na Escola de Educação Física do Exército, na Urca, zona sul do Rio de Janeiro.

O fato de o time estar incompleto - cinco jogadoras disputam o Grand Prix e outras cinco a Universíade - serve de motivação para Valeskinha. "Quem está aqui tem a oportunidade de aprimorar a parte técnica, sem atropelos", declara, após um treino comandado por Ricardo Tabach, ao lado da líbero Juju, da meio-de-rede Mara e da levantadora Fernanda Venturini.

Os dez dias em Tulsa, nos Estados Unidos, foram para matar a saudade da família e conhecer a pequena Sophia, de 3 meses, filha caçula da irmã, Patrícia, que mora na cidade americana. O mais velho é Renan, de 3 anos, seu afilhado. Também reencontrou os pais, Miguel e Aída dos Santos, ex-atleta olímpica, que já haviam viajado para o nascimento da netinha.

"Os dias voaram. Parece que fiquei fora apenas um fim de semana", lamenta Valeskinha. O grande barato foi brincar com o afilhado. "Ele fala português em casa. Aprende inglês na escola e conversa com o pai, que é boliviano, em espanhol. Imagina a loucura...", diverte-se.

Valeskinha, que é sargento do Exército, ainda está comemorando o recente título nos Jogos Mundiais Militares e garante que voltará a defender as Forças Armadas no próximo ano. "Todo título fica marcado de alguma forma, por sua história particular. Desta vez, foi bacana ser campeã em casa, jogando no Maracanãzinho lotado", diz, lembrando que no Exército viveu experiências desafiadoras, entre elas aprender a atirar e a marchar.

Para a próxima temporada da Superliga, a jogadora acredita que a Unilever, principalmente por ser a atual campeã, terá ainda mais responsabilidade. "Teremos importantes reforços, como a Natália e a Fernanda Venturini, mas outros times estão na briga, entre eles Vôlei Futuro, Sesi e Osasco, e não podemos bobear. A minha filosofia é a seguinte: a cada jogo entro em quadra para matar um leão, se vier uma formiguinha, melhor", resume a jogadora, natural de Niterói, no Rio de Janeiro.

Em busca de emoção

Valeskinha é do tipo vaidoso e frequenta o salão de preferência uma vez por semana para fazer as unhas. Mas o que marca mesmo sua personalidade é o gosto por aventuras. "Se pudesse, viajaria todo fim de semana para lugares diferentes. Amo andar de avião", conta. E também adora parques e brinquedos radicais, como montanha-russa. Já esteve três vezes na Disney e, sempre que pode, vai ao Hopi Hari, em São Paulo. Também encontra tempo para ajudar sua mãe no Instituto Aída dos Santos, uma entidade filantrópica que tem por objetivo levar esporte e educação para adolescentes de comunidades de baixa renda do Rio de Janeiro.

A jogadora, que sonha em fazer faculdade de jornalismo, voltou a jogar no Brasil na temporada passada, após passar três anos no exterior, onde atuou na Itália (Novara) e na Turquia (KSK e Galatasaray). Na história da Superliga Feminina, Valeskinha disputou dez finais e tem sete títulos conquistados, três deles pela Unilever (1997/1998, 1999/2000 e 2010/11). Também foi três vezes campeã pelo Osasco e uma pelo Flamengo.

Divulgação

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