Brasil e Cuba decidem o ouro em Guadalajara (Foto: Luiz Pires/Vipcomm) |
A equipe feminina de vôlei do Brasil derrotou a República Dominicana por 3 sets a 0 (25/19, 25/18 e 25/23), em 1h15m, nesta quarta-feira à noite, no Complexo de Voleibol, e disputará a final do torneio contra Cuba, nesta quinta-feira, dia 20, às 20h (23h de Brasília). Rivais eternos, os dois times são os maiores vencedores da modalidade na história dos Jogos Pan-americanos: as cubanas têm oito títulos, enquanto as brasileiras conquistaram o ouro três vezes (1959, 63 e 99). Nas finais do Pan, os arqui-rivais se encontraram três vezes, com duas vitórias caribenhas (91 e 07) e uma verde-e-amarela (99). Cheia de história, a partida já cria expectativa entre as jogadoras brasileiras.
A líbero Fabi é a mais taxativa sobre a aura especial que envolve um duelo contra as cubanas. "Não adianta fingir que não existe nada. É o nosso passado que torna Brasil e Cuba um jogo tão charmoso, envolvente. Tivemos a briga em Atlanta, nossa derrota no Pan do Rio...", enumerou a líbero brasileira, aplaudida diversas vezes durante o jogo por conta de suas defesas arrojadas. Para Fabi, mesmo com o títulos olímpico, motivos não faltam para tornar a partida desta quinta-feira algo muito especial. "Essa geração não tem esse título. Além do mais, queríamos vencer para dedicar a conquista a Jaqueline".
Durante a primeira fase, o Brasil derrotou as cubanas por 3 sets a 1. O técnico José Roberto Guimarães espera um confronto mais difícil para a final. "Cuba evoluiu bastante. Hoje, as cubanas fazem coisas diferentes, com muita velocidade e variedade", afirmou o treinador. "Elas entrarão para atacar, forçar o saque e jogar no limite. A responsabilidade é nossa, nós somos os primeiros do ranking, os rivais a serem batidos".
Na semifinal contra a República Dominicana, o Brasil fez uma ótima atuação nos dois primeiros sets. Desde o início, o Brasil assumiu a liderança do placar, graças a uma excelente defesa e um forte bloqueio. Fabi esmerava-se na recepção, levantando a plateia mexicana com três defesas difíceis. Em 22 minutos, as brasileiras fecharam o set em 25/19. O ritmo avassalador permaneceu no segundo set, quando o Brasil chegou a abrir 8/2 em apenas seis minutos. Após o tempo técnico, as dominicanas voltaram a reequilibrar o jogo, mas não conseguiram diminuir a vantagem no set, encerrado em 25/18, em 25 minutos.
A bela atuação dos dois primeiros sets, no entanto, deu lugar a um time desconcentrado e com falhas infantis no terceiro set, o que exasperou José Roberto Guimarães. Com erros de recepção e esbarrando no bloqueio dominicano, o Brasil chegou a estar perdendo por 7/2. A sorte brasileira começou a mudar com dois bloqueios seguidos - um de Fernanda Garay e o outro de Mari - que diminuíram a desvantagem para 7/4 e pôs a equipe novamente na partida. Com a confiança recobrada, as brasileiras passaram a fazer pontos em sequência de bloqueio e chegaram a virar a partida para 12/11. Mesmo sem apresentar a mesma consistência defensiva e a variação de jogadas dos dois sets anteriores, as brasileiras encerraram o set em 25/23.
"Não gostei da apresentação do time no terceiro set", afirmou José Roberto. "A pior coisa que você pode fazer é achar que seu adversário já está batido. Cansei de ver partidas de vôlei serem perdidas dessa forma. Em vôlei, não se administra resultado. Um erro desses contra Cuba pode ser fatal. O adversário se empolga, ganha confiança e você não consegue voltar mais à partida. Isso tem que ser conversado para entrarmos com a concentração máxima na final do torneio".
Divulgação
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