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terça-feira, 11 de maio de 2010

(MERCADO) Mercado feminino é mais complicado que masculino e ainda há menos investidores

Propostas principalmente do Japão e da Coreia do Sul jogaram as pedidas das jogadoras brasileiras de vôlei para o alto, dificultando ainda mais as negociações de patrocinadores com times femininos para a Superliga. Assim, primeiro se acomodam as atletas que defenderão Unilever-RJ e Sollys/Osasco – as que mandam no mercado, na observação de William Silva, técnico da equipe do Vôlei Futuro, de Araçatuba – para as outras equipes seguirem com as negociações.


- No feminino, é mais complicado. Não há tantas grandes jogadoras aqui e a meninada está pedindo muito alto. Há propostas altas de Japão e Coreia do Sul. Da Europa, nem tanto. Por isso, aqui até se abrem mais chances para as estrangeiras. Estamos vendo vídeos que os empresários mandam para a gente.

Nem José Roberto Guimarães, técnico da seleção brasileira feminina, conseguiu até agora levar adiante a ideia de montar um time, aproveitando a estrutura que tem no Sportsville de Barueri. Ele também usa a palavra “complicado”, sobre a expectativa de conseguir patrocinador. Zé Roberto diz que ainda é preciso correr contra o tempo, antes que terminem os campeonatos italiano, russo e turco.

A Blausiegel, grupo farmacêutico, desistiu do time feminino do São Caetano, depois de duas temporadas, mesmo depois de seu presidente Marcelo Hahn, ter dito em abril que se dependesse dele a equipe continuaria – e forte -, mesmo sem ter ido para a final.

Nos times masculinos, a situação é diferente: há mais oferta no mercado, que assim não fica tão restrito e caro para os investidores. Ainda assim, Sesi-SP e Brasil Futuro, que tem patrocínio da empresa de ônibus Reunidas, estão investindo mais, fora o Pinheiros/Sky, que já tinha orçamento bem alto para quatro anos. 

A movimentação também mexe com grupos farmacêuticos. A campeã Cimed, de Santa Catarina, não teve como competir, por conta de seu orçamento limitado, segundo o técnico Marcos Pacheco. Assim, ficou difícil segurar alguns de seus principais jogadores (Lucão foi para o Vôlei Futuro e Thiago Alves, para o Sesi). Mas manteve o levantador Bruninho.

E, enquanto os times são remontados, outra indústria do setor inicia negociações: a Medley, comprada pelos franceses da Sanofi/Aventis, tem projeto para quatro anos em Campinas, segundo o supervisor Fernando Maroni, que está no mercado em busca de jovens talentos, com potencial, como diz, para jogar ao lado de alguns atletas mais experientes.

Créditos: Denise Mirás

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