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domingo, 30 de maio de 2010

Vitorioso no vôlei e no futebol, Zé Roberto revela suas apostas para a Copa do Mundo


Único técnico bicampeão olímpico com as seleções masculina e feminina de vôlei – em Barcelona/92 e Pequim/2008 respectivamente –, José Roberto Guimarães sabe como poucos transformar trabalho em conquistas. Com talento indiscutível à frente de equipes de voleibol, o treinador também escreveu seu nome em outro esporte. Entre 1999 e 2001, atuou como um dos diretores de futebol de Corinthians e Cruzeiro e fez parte do título mais importante da história do time paulista: o Campeonato Mundial de 2000. Com experiência nas quadras e nos campos, Zé Roberto é um ilustre brasileiro, empolgado com a proximidade da Copa do Mundo e na torcida pelo hexa como milhões de outros.

A 15 dias do início do maior evento do futebol mundial, na África do Sul, o técnico da seleção brasileira feminina de vôlei revelou seus palpites. “Há cinco seleções que respeito muito, todas com grande tradição em Copas do Mundo: Brasil, Argentina, Itália, Alemanha e Espanha. O Brasil, pela história que construiu, entra sempre como um dos favoritos. Argentina, Itália e Alemanha não estão com as melhores gerações, mas são equipes de chegada. Sabem jogar a Copa e são decisivas. E a Espanha é a sensação pela filosofia de jogo que vem apresentando. Vive um momento excepcional, de grande qualidade técnica e com muito equilíbrio entre os setores defensivo e ofensivo”, analisou Zé Roberto.

Apaixonado por análises táticas e sistemas de jogo, a Copa do Mundo é um prato cheio para o bicampeão olímpico. Apesar de admitir que gostaria de ver o meia Paulo Henrique Ganso vestindo a amarelinha, Zé Roberto considerou as escolhas do técnico Dunga coerentes e racionais.

“O Dunga foi fiel as suas idéias e filosofia desde o primeiro dia. Foi muito coerente. Desde que assumiu a seleção, disputou dezenas de jogos e observou cada um dos atletas convocados. Ele e a comissão técnica levaram em consideração o comprometimento dos jogadores com a seleção brasileira. Dunga foi racional”, afirmou.

A defesa da convocação de Ganso é justificada pela filosofia de trabalho de José Roberto Guimarães. O treinador diz gostar de levar pelo menos uma atleta jovem para a disputa de grandes campeonatos.

“Isso depende do estilo de cada treinador. O Dunga foi coerente. O Ganso nunca foi testado na seleção e não entrou na lista dos 23. Eu costumo levar pelo menos uma jogadora jovem para as principais competições. A experiência em grandes eventos é sempre muito importante”, contou o são-paulino Zé Roberto.

Com a segurança e o conhecimento de quem já acompanhou 12 Copas do Mundo, Zé Roberto elegeu os momentos mais marcantes da seleção brasileira: 1970, 1982 e 1998.

“A Copa de 70 é inesquecível pela forma como a seleção jogou e pelos craques que a equipe tinha em campo. Em 82, acho que o Brasil teve o melhor time de todos os tempos. Havia ótimos jogadores em todas as posições, mas por uma fatalidade não conseguimos vencer. De qualquer forma, foi o futebol mais bonito que eu já vi. E em 98 foi o momento mais triste: o problema do Ronaldo e a derrota para a França na final”, lembrou.

Os 11 de Zé Roberto

Considerando os 23 jogadores convocados por Dunga, José Roberto Guimarães escalou seu time titular: Júlio César, Maicon, Lúcio, Juan e Gilberto; Gilberto Silva, Ramires, Elano e Kaká; Robinho e Luis Fabiano.

Divulgação

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