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quarta-feira, 20 de abril de 2011

(SUPERLIGA) Rumo à sua 11ª final, Valeskinha bate mais um recorde na Superliga

Maior bloqueadora da hitória da Superliga, Valeskinha vai a sua 11ª final de Superliga

A meio-de-rede Valeskinha, campeã olímpica em Pequim/08 e titular da Unilever, sempre surpreende. Pela versatilidade, bom-humor e também por números que impressionam. Além de maior bloqueadora da história da Superliga - soma, até agora, 637 pontos no fundamento -, a jogadora, de 34 anos, ostenta no currículo o recorde de finais na competição.

Na temporada 2010/11, Valeskinha vai disputar sua 11ª decisão de Superliga, uma a mais do que a própria hexacampeã Unilever, que segue para a décima final, a sétima consecutiva. Segundo a Confederação Brasileira de Vôlei, só a ex-levantadora Fernanda Venturini e a ponteira Érika Coimbra se aproximam de Valeskinha, com nove finais cada uma. Esta é a 17ª edição da Superliga.

Durante sua vitoriosa carreira, Valeskinha conquistou cinco títulos na Superliga, dois deles pela Unilever, time que defendeu de 1997 a 2000, quando a equipe ainda se chamava Rexona e tinha sede em Curitiba (PR). Hoje, orgulha-se de ser a única jogadora da Unilever remanescente daquele grupo pioneiro. Na Superliga, também foi duas vezes campeã pelo Osasco (SP) e uma pelo Flamengo (RJ).

"Quando um time chega à final, tem o reconhecimento de todo o trabalho feito na temporada. Isso mostra que seguimos o caminho certo. Estar na final é legal, mas melhor ainda é conseguir um resultado positivo na decisão", afirma a central, que, apesar de toda a experiência, admite sentir um frio na barriga na hora de entrar em quadra para uma partida decisiva.

"A ansiedade você nunca perde. A cada decisão mudam o adversário e os personagens e também variam suas próprias condições físicas e técnicas. O início do jogo é sempre complicado. Mas depois que a partida começa não tem jeito. Tem de esquecer o nervosismo e simplesmente jogar", ensina Valeskinha.

Versátil, Valeskinha é a única meio-passadora da Superliga 10/11 (Foto: Divulgação)

O reencontro com o técnico Bernardinho, após uma década de andanças pelo vôlei nacional e internacional - nas últimas três temporadas defendeu o Novara, da Itália, e o KSK e o Galatasaray, da Turquia -, significa ainda mais aprendizado.

"O Bernardo é exigente, faz cobranças, o que leva você a pensar o tempo todo no jogo. Vôlei é um esporte de inteligência e você precisa raciocinar com a bola no alto", diz Valeskinha, que garante não se preocupar com estatísticas e chega a minimizar o fato de ser a melhor bloqueadora da história da Superliga, apesar de ter 1,80 m.

"É bacana saber que, mesmo com pouca altura, dei trabalho na rede", brinca. "Mas isso não garante nada para o time. O importante é a conquista coletiva e é para isso que estamos trabalhando, independentemente do nosso adversário na final."

A versatilidade de Valeskinha, que é filha da ex-atleta olímpica Aída dos Santos, quarta colocada no salto em altura nos Jogos de Tóquio/64, garantiu à Unilever um diferencial técnico na atual edição da Superliga: ela é a única meio-de-rede passadora entre as jogadoras dos 12 times que iniciaram a competição.

Divulgação

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