Páginas

quarta-feira, 6 de abril de 2011

(SUPERLIGA) Versatilidade destaca Valeskinha na Superliga

Dos quatro times que iniciam a disputa das semifinais da Superliga Feminina de Vôlei 2010/11, a Unilever apresenta um diferencial técnico no elenco: a campeã olímpica Valeskinha, uma meio-de-rede passadora. Versatilidade que permite ao técnico Bernardinho deixar a ponteira Mari, que normalmente exerceria a função, mais livre para o ataque em algumas posições.

Segundo Ricardo Tabach, assistente-técnico e especialista no trabalho de defesa e recepção no grupo, Valeskinha é uma jogadora versátil, treinada à moda antiga. Já atuou como líbero e ponteira, joga em diferentes posições. "Ela herdou essa habilidade de jogadoras como Ana Flávia, Ida e Márcia Fu, entre outras", relembra Tabach.

"A verdade é que a regra do vôlei evoluiu e os técnicos mudaram a estratégia de treinamento. A posição de central, que normalmente conta com jogadoras mais altas, foi se especializando no ataque e no bloqueio", explica Tabach. "A Valeskinha, além de bloquear, consegue sobressair no passe, o que é bem interessante, Com a contusão da Mari (a ponteira está recém-recuperada de cirurgia no joelho direito), ela foi ainda mais preparada para a função", completa.

E não é só no passe que Valeskinha, de 34 anos, dá conta do recado. Como legítima meio-de-rede, é uma das principais pontuadoras da história da Superliga no bloqueio, apesar de ter 1,80 m e ser considerada "baixinha" para a posição. Aparece em primeiro lugar no ranking da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), com 633 pontos de bloqueio, empatada com Fabiana, do Vôlei Futuro. Carol Gattaz, também da Unilever, aparece em seguida, com 534.

Sem se preocupar com seu "papel técnico" e sempre brincalhona, Valeskinha diverte-se quando interpelada sobre como aprendeu a passar. "Quando comecei, era normal as jogadoras treinarem muito todos os fundamentos. Eu, particularmente, treinei muita defesa e passe. Aprendi de tudo um pouco. Já joguei até de líbero... Agora é que inventaram essa moda de que a meio-de-rede deve apenas atacar e bloquear", comenta a filha da ex-atleta olímpica Aída dos Santos, quarta colocada no salto em altura nos Jogos de Tóquio, em 1964.

Em janeiro deste ano, ao completar a histórica marca de 600 pontos de bloqueio na Superliga, Valeskinha comentou, com orgulho: "E olha que passei as três últimas temporadas jogando no exterior!" Valeskinha retornou ao Brasil em 2010, depois de jogar na Itália (Novara) e na Turquia (KSK e Galatasaray).

Na história da Superliga Feminina, Valeskinha disputou dez finais e tem seis títulos conquistados. Além de dois campeonatos pela Unilever (1997/1998 e 1999/2000), sagrou-se três vezes campeã pelo Osasco e uma pelo Flamengo.

Divulgação

Nenhum comentário:

Postar um comentário