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sexta-feira, 13 de abril de 2012

(SUPERLIGA) Unilever busca o 8º título na Superliga

Unilever lutará por mais um título neste sábado (Foto: Daniel Ramalho/adorofoto)

A Unilever tem sete títulos conquistados na Superliga. O time, criado em 1997, fez a final contra o tradicional rival Sollys/ Nestlé, tetracampeão, nas últimas sete edições do campeonato: venceu cinco e perdeu duas. Neste sábado (14/4), as duas equipes mais tradicionais do vôlei feminino brasileiro voltam a estar frente a frente em uma decisão, às 10 horas, no  ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. A partida, que  marca a despedida da levantadora Fernanda Venturini das quadras, terá transmissão ao vivo da TV Globo, do SporTV e do Esporte Interativo.

O técnico Bernardinho comanda o time carioca e uma das comissões técnicas mais permanentes do esporte brasileiro e sabe que o duelo será difícil. Segundo ele, Osasco tem um grupo mais forte, o que não significa que sua  equipe, também bastante experiente, não vá buscar a vitória.

"No Osasco prevalece a força do grupo. Precisamos quebrar a segurança delas, que contam com centrais altas e fortes fisicamente. A Fabíola, levantadora, vem amadurecendo e crescendo. Além da Hooker, da Tandara, da Jaqueline, todas de altíssimo nível. Estaremos com a torcida a nosso lado, o que é sempre muito positivo", lembra. "Ao longo do campeonato, buscamos mais consistência, mais equilíbrio. Mesmo em longas sequências de vitórias, o time não jogou tudo o que pode. Chegamos à final e agora tudo fica zerado novamente. Não tenho nenhuma ilusão de que poderemos superá-las  facilmente, mas vamos buscar", completa.

A oposta Sheilla, segunda melhor no saque e terceira maior pontuadora do campeonato com 400 pontos, diz que o jogo deverá ser tão tenso quanto o primeiro confronto, no turno, em que a Unilever venceu na casa do adversário.

"Os dois times se conhecem bastante e vão jogar de igual para igual. A partida será decidida nos detalhes. A vitória vai depender do momento de cada equipe, de quem errar menos", afirma a campeã olímpica em Pequim 2008, que tem um título conquistado com a equipe carioca na temporada passada.

"É preciso controlar a ansiedade"

Também medalhista de ouro em Pequim, a ponteira Mari diz que as duas equipes têm jogadoras de qualidade, experientes. Mas destaca o trabalho feito pela Unilever ao longo da competição.

"Eu duvido que algum time tenha treinado mais do que o nosso. É preciso controlar a ansiedade, que é natural num momento de decisão. É também essencial que o nosso passe funcione, pois o time delas tem um bloqueio forte", afirma. Embora não tenha um ritual que anteceda a decisão, Mari gosta de conversar com Deus, buscando tranquilidade. "Faço um diálogo com Deus, troco ideias. Procuro agradecer mais do que pedir", conta Mari, também campeã em 2010/11 pela Unilever.

Para a líbero Fabi, que tem cinco títulos nacionais conquistados pela Unilever, será mais uma oportunidade do público carioca mostrar sua força. "Após oito temporadas no Rio, o time tem cada vez mais uma identificação com a cidade.  Não tenho dúvida de que será uma partida difícil, decidida nos detalhes, por isso estamos estudando muito o adversário", diz a também campeã olímpica.

A levantadora e capitã Fernanda Venturini tem 12 títulos nacionais em seu currículo, três deles pela Unilever, e vai jogar pela primeira vez uma final no Maracanãzinho. Em sua despedida do vôlei, ela espera que seu time possa render o esperado. "Queria me despedir com o título, mas sabemos que será um jogo duro", resume.

Retrospecto

As equipes finalistas da atual edição 11/12  são velhas conhecidas. Sollys/Nestlé e Unilever já se enfrentaram 66 vezes desde 1997, com vantagem para a equipe carioca em número de vitórias: 37. O time paulista venceu 29 vezes.

Na atual temporada, os dois times jogaram duas vezes, com uma vitória para cada lado. No turno, em Osasco (SP), a Unilever venceu por 3 sets a 1. No returno, no Rio de Janeiro (RJ), o Sollys levou a melhor e garantiu a vitória pelo mesmo placar. Esta é a décima primeira final da equipe Unilever, a oitava consecutiva, sempre diante do tradicional rival. Na última decisão, no dia 30 de abril de 2011, no Mineirinho, em Belo Horizonte, a Unilever venceu por 3 a 0.

União fora da quadra

A base da Comissão Técnica da Unilever está junta desde 1997, ano em que o time foi criado em Curitiba (PR) com o nome de Rexona. Com Bernardinho no comando, os assistentes técnicos e também ex-levantadores Ricardo Tabach e Hélio Griner, o fisioterapeuta Guilherme Tenius, o Fiapo, e a estatística Roberta Giglio, a Robertinha, chegam pela décima primeira vez, juntos, a uma decisão da Superliga.

Ao longo da trajetória vitoriosa da equipe, outros profissionais se juntaram ao grupo. O preparador físico Marco Antônio Jardim chegou em 2001. Com a transferência do time para o Rio de Janeiro, em 2004, vieram o supervisor Harry Bollmann Neto, o médico Ney Pecegueiro e a nutricionista Isabella Toledo. Também integram o time o assistente de fisioterapia Márcio Menezes e os auxiliares técnicos Marcelo de Sá, Hylmer Dias e Ângelo Nassif.

Divulgação

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